quinta-feira, 31 de março de 2011

Fazes-me Falta

(Imagem google)



O sol brilha
no calor dos meus sonhos.
A relva viçosa
torna mais verde o meu olhar.
O colorido das flores
dá outro brilho aos meus dias.
O aroma das rosas
dá outro sentido à minha vida.

Porque tudo muda
apenas porque o sol brilha?

Porque o meu coração está escuro,
negro como o breu da noite.
Precisa,
de luz que o ilumine,
da alegria do nascer da flor,
de um perfume que lhe dê aroma,
de um renascer
que faça seu sangue correr,
na veia dilatada do amor…

Preciso de ti!

domingo, 27 de março de 2011

No Fundo do Mar

(Imagem google)



Nas profundezas do mar sem fim,
mergulhei bem fundo,
no fundo de mim.
Nessa imensidão infinita
de ti me perdi.
Tentei esquecer o que não quero
Tentei lembrar o que queria
Quis desviar as teias
que emparedavam meu olhar
Purificar minha alma
na loucura de te amar.
Desanuviar sentires
Aliviar sensações
Libertar tentações
Desvendar mistérios
nesse mar retidos.
Limpar a mente
de momentos vividos.
Caminhar nesse caminho
de águas cristalinas
Desfolhar cada pétala,
das plantas sem pétalas
Caminhar
Limpar
Mergulhar
Mergulhar bem fundo
No fundo de mim!

terça-feira, 22 de março de 2011

Queria Crescer Contigo




QUERIA CRESCER CONTIGO



Queria crescer contigo
Ter-te aqui ao meu lado
E nesse abraço apertado
Sentir-te em mim, comigo.

Queria teu ombro amigo
A ouvir meus desabafos
Queria crescer contigo
Trocando nossos afagos.

Queria beijar tua boca
Nela de novo me sentir
Queria nessa mente louca
Em teu ser voltar a sorrir.

Queria crescer contigo
Nessa arte de amar
Queria segredar-te ao ouvido
A ternura de um olhar.

Queria crescer contigo
Caminharmos lado a lado
E nesse viver amigo
Irmos juntos num afago.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Poema

(Imagem google)



Soltei as palavras
nas linhas dos dedos,
deixei-as seguir…
Nos cantos da tela
de linha em linha
foram saltando…
Meus dedos, minhas mãos
foram explorando…
A tela em branco
em tons mate ficou,
palavras escritas
que a mente ditou…
Soltei as palavras
deixei-as pousar,
nos cantos da tela
letras a voar…
Voaram, pousaram
palavras escritas,
agudas ou graves
sempre benditas.
Ternas, suaves,
na tela um poema.

Viver

(Imagem google)




Olho para trás...
O tempo que vivi, sem viver...

Infância perdida no tempo
Entre adultos rígidos a me criar...
Entre brinquedos intemporais,
Minúsculos... dádivas sem pais...
Sem crianças onde me encontrar...
Nessa infância perdida no tempo...

Adolescência que passou...
Entre tabus e crenças d'outra era...
Sem gente da minha idade,
P'ra viver livre a mocidade...
Entre adultos criados noutra esfera...
Adolescência que passou...

Olho para trás...
O tempo que vivi, sem viver!...


quarta-feira, 16 de março de 2011

Amo-te ou Renego-te

(Imagem google)



Num misto de confusão
te amo e te renego.
Anos de amor e paixão.
Anos de entrega total
Anos perdidos, vividos
nas carícias e beijos,
nas ternuras e solfejos
de um amor proibido.
Anos de ilusão
em que te amei.
Um amor carnal
sentido no coração
que descomanda a mente
de quem na ilusão sente.
Num misto de confusão
te amo e te renego.

Porque me odeias?

(Imagem google)




Porque me odeias
depois de tanto me amares?
Será que me amaste?
Porque me odeias
depois de tanto me dares?
Será que me deste?
Porque me odeias
depois de tanta entrega?
Será que te entregaste?
Porque me odeias

depois do carinho que me deste?
Será que deste?
Porque me odeias
depois dos beijos trocados?
Será que trocámos?
Porque me odeias, amor?
Será amor?

O Sono do Sonho

(Imagem google)


Depois de uma noite tranquila
em que o sono transpôs o sonho,
acordaste serena.
Uma paz interior sentida em ti,
fez-te sorrir.
Agradeceste
mais este acordar,
mais este dia,
mais este viver,
em que o sono
transpôs o sonho!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Descanso

(Imagem google)




Descanso
neste cansaço que me consome.
Descanso
no dormir de quem não dorme.
Descanso
neste dia que já é noite.
Descanso
no limiar de um açoite.
Descanso
neste cansaço descansado.
Descanso
no ter-te, sem ti a meu lado.
Descanso!
Aqui, agora e sempre!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Lixo

(Imagem google)





Ah!
Se eu pudesse
Vasculhar no lixo,
o que foi lixo,
e encontrar-te de novo…
Ter-te meu somente.
Despoluir teu corpo,
tua mente
e tornar-te perfeito.
Mas o lixo é lixo
e nele tu foste…
Deitado ao lixo,
do lixo que eras.
Vasculhar para quê?
Despoluir porquê?
Jamais serás gente,
lixo tu és…
Lixo serás sempre!


Também Minto

(Imagem google)



Não sei em que dia nasceste,
a que horas,
em que lugar…
Sei apenas que trouxeste,
outro modo
de te amar…
Não sei sequer onde vives,
onde estás
neste momento.
Sei sim, que em mim resides,
dando-me carinho
e muito alento.
Serás tu aquele outro,
que ocupou meu coração?!
Ou serás aquele que
hoje mora com paixão?!

Nada sei!
Nada sinto!
Apenas sei,
que também minto!

terça-feira, 1 de março de 2011

Partiste

(Imagem google)


Teu olhar insípido
na claridade que parte
de ti
O sol esconde-se envergonhado
As estrelas tentam brilhar
ainda no dia em que partiste…
A noite não surge!
Surgiu para ti
e teus olhos insípidos
ficaram na claridade do dia.

Tejo




Na janela gradeada onde me encontro
deleito-me ao ver-te, Tejo.
Tuas águas correm tranquilas para o mar.
Gaivotas esvoaçam no céu
Cacilheiros, navios, veleiros
percorrem teu leito…
Nas margens sedentas de ti
acolhem-te nos braços
dos teus braços
Faróis iluminam-te a noite
de estrelas e luares acompanhada.
O odor a maresia vais deixando
no trajecto que vais percorrendo.
E eu,
na janela gradeada
deleito-me.

Embelezei-me para ti

(Imagem google)



Embelezei-me
como se te fosse encontrar.
Escovei o cabelo,
Pintei as unhas e os lábios
aqueles que irias beijar.
Vesti-me a rigor e a teu gosto
Pus meus sapatos de salto
Olhei o espelho
e gostei do que vi.
A imagem da felicidade
numa mentira inventada
no desejo da realidade.