terça-feira, 26 de julho de 2011

Esquina da Vida


(Imagem google)



Na esquina por onde passas
Me encontras perdida
Naquela tábua rasa deitada
Nos caminhos da vida esquecida

Passas com teus passos lentos
Não paras nem olhas sequer
Segues em teus pensamentos
Fico perdida sem vida ter.

Meu corpo inerte caído
Retido na calçada passada
Meu coração oprimido

Da vida amargurada
Do viver sempre traído
Na vida sem vida, sem nada.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Espreguicei o Olhar


(Imagem google)



ESPRIGUICEI O OLHAR



Espreguicei o meu olhar
No sono do teu
Acordei embevecida
Nos braços de Morfeu.

Olhei-te amor
Estendido a meu lado
Saboreei teu corpo
Na cama deitado.

Desnudo para mim
Desnuda também estava
Com ternura e carinho
Disse que te amava.

Sorriste com meiguice
Acariciaste o meu cabelo
Olhei teus olhos
E vi como eras belo.

Num abraço apertado
Sentimo-nos unidos
Num beijo não dado
Ficámos perdidos.

De novo espreguicei
O meu olhar no teu
Logo logo acordei
Com um doce beijo teu.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lágrimas Salgadas


(Imagem google)



Espraiam-se lágrimas salgadas
O sol a pique tenta secá-las
Mas não consegue!
Lágrimas trazidas na crista da onda
Lágrimas sentidas vindas de longe
do coração do mar
desse mar sem fim
desse fundo profundo
desse mar infindo

Espraiam-se lágrimas salgadas
Choradas, sentidas
De muitos olhos saídas
Sofridas, jorradas
Nas faces retraídas
Dos sentimentos mortos
Dos destinos e caminhos tortos
Lágrimas de tempos remotos
Lágrimas salgadas espraiam-se.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

No Ocaso


No ocaso
Encontrei a dor do sentimento perdido
Encontrei o desvario de um ser esquecido

No ocaso
Perco-me no profundo de mim
Perco-me num imaginário sem fim.

No ocaso
Quero estar contigo
Sentir teu abraço amigo
No ocaso
Quero entrelaçar teu cabelo
Senti-lo sedoso, macio e belo

No ocaso
Quero beijar tua boca
Beijar teus olhos, teu corpo
Quero sentir-me louca
Ter-te em mim, aqui
no ocaso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Gostava de Ser Poeta



Gostava de ser poeta
Nem que fosse só por um dia
Deitar palavras ao vento
E fazer delas poesia.

Amor, saudade, carinho
Ternura, loucura, paixão
Todas elas com destino
Bem dentro do coração.

Gostava de ser poeta
Deitar palavras ao vento
Deixá-las livres voar
Aliviarem meu tormento.

Nem que fosse só por um dia
De ser poeta eu gostava
E em poema te diria
O quanto e tanto te amava.

Gostava de ser poeta
Nem que fosse só por um dia.