sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Morte





Tenho um trapo enrolado
no cabide do tempo…

Esqueleto carcomido
olhando o chão que já não pisa
Braços descaídos
nas unhas pontiagudas
Pés descalços
nos passos já gastos
Coluna erguida direita
nas vertebras já quebradas.

Caminhas
Te inclinas
Para a cova aberta para ti

Entre flores viçosas,
mortas como tu.
No sol
Na chuva
No vento
Ficarás!

Como um trapo enrolado
no cabide do tempo!


Maria Antonieta Oliveira

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