Triste e sozinha, no meu canto
deixo que a lua amanheça
e aqueça o meu pranto.
Olho a parede vazia
e a tela sem tinta
Miro de soslaio
o outro lado do espelho
onde tu não estás
e nem a mim eu vejo.
O pêndulo do relógio de pé
silenciou os meus sonhos
acordou as lágrimas esquecidas
adormecidas
nas pálpebras descaídas e já sem vida.
Gotas cristalinas
rolaram pela face fria
Cada uma trazia consigo
Um sonho desfeito
Um caminho não feito
Um rumo perdido
Um amor não vivido.
Continuo triste e sozinha
Aqui, no meu canto.
Maria Antonieta Oliveira