quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Tejo




O Tejo caminha a teus pés
No silêncio da bruma que passa
Espuma-se além entre rochedos
Medos

As gaivotas esvoaçam o céu azul
Os negros corvos inertes
Olham ao longe a outra margem
Miragem

Degraus que sobem e descem em águas
Lágrimas salgadas, cacilheiros, pessoas
Gentes, mundos, passantes
Amantes

Aqui e além
Debicam, saltitam, mergulham
Salpicos salgados molhados
Arrasados

No silêncio da bruma que passa
O Tejo caminha a teus pés.


Maria Antonieta Oliveira
23-07-2014






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