domingo, 24 de maio de 2015

Abri A Janela Ao Vento






Abri a janela ao vento
Deixei-me levar
E, num repente
Vi-me num outro tempo
Éramos ainda quase crianças
Tu e eu de mãos dadas
Num vertiginoso galopar
Queríamos o mundo
Cada um para seu lado
O teu mundo tresloucado
O meu mais sossegado

Tudo nos unia e separava
Tu fugias, eu te amava
Tu aparecias, eu te queria
Meu coração preenchias
E eu esperava
Contava dias e noites
Chorava lágrimas de saudade
De raiva e de tristeza
Meu coração sofria, doía
E tu te pavoneavas
Com outras andavas
Por outros mundos do mundo

O pano caiu
O palco se apagou
O romance acabou
Tudo ruiu

Hoje,
Tantos anos depois
Desafias os meus sentires
Regressando ao passado
Recordando nossos momentos
Passeando noutros tempos
Revivendo sentimentos
E meu coração já cansado
Bate de novo apressado
Sem que eu queira
Bate à sua maneira

O pano se abriu
O palco se iluminou
O romance onde ficou!?
No tempo que não passou!

Maria Antonieta Oliveira
24-05-2015





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