quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Confusão




Cobre o meu corpo de flores
Rega-o de beijos com mil cores
Ateia-o com o fogo da paixão
Faz de mim um jardim de felicidade
Um forno de carinho e amizade

Deposita em mim as falsas moralidades
Deixa-me viver nas águas do limbo
Oculta pelas algas salgadas na madrugada
Do amanhecer de um amanhã florido
Esquecido no dia triste

Nas cinzas brancas do meu corpo
Fétido, petrificado sem humanidade
Rios de amalgamas cheirosas
Perfume de rosas coloridas
Do jardim florido da paz e do amor

Entrega-me ao sol e ao mosto
Para purificar o meu corpo perdido
Deixa-me sentir que estou viva
Na beleza das flores com que me cobriste
Nesta imensa confusão que me assola.

Dá-me tempo para viver!

Maria Antonieta Oliveira
26-11-2015


1 comentário:

  1. Belíssimo poema (como habitual).
    Não sei porquê mas voei até a uma "Cama de Rosas":
    https://www.youtube.com/watch?v=NvR60Wg9R7Q

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