quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Doçura de Um Voo





Meu corpo cede ao desejo de voar
E voo no pensamento e na luz do teu olhar
Rumo a um destino incerto
Ao caminho perdido, num tempo já perto

Nas pedras soltas da estrada parada
Sobrevivo na minha angustia magoada
Olvido o sentir que me marterisa
E caminho na noite esquecida

Voo no tempo e no espaço
Ao encontro daquele nosso abraço
Ambíguo desejo, ambígua liberdade
É tudo o que anseio, a minha felicidade

Ingenuamente descalça de palavras
Partilho contigo as que ainda sei dizer
Palavras, apenas e só palavras
Água da fonte vertida a sofrer

Voo, voo no ápice de um relâmpago
Voo, nas asas das andorinhas felizes

Maria Antonieta Oliveira
19-11-2015







1 comentário:

  1. Voando se esquece o mundo terreno,
    Onde passos firmes marcam o caminho;
    No céu aberto não há encruzilhadas,
    Na terra enredada, não se voa sozinho.

    Oníricos voos, quiméricos desejos
    Ou leiva maciça em acasos ensejos.



    Com um ramo de :-)

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