quarta-feira, 26 de abril de 2017

Rolam Sorrisos








Por entre os meus dedos rolam sorrisos
Nas pétalas roxas de uma roseira parida
Na vida da vida que passa e passou.

No ventre da terra putrefacta de vermes imundos
Saem os espinhos por onde caminham os meus dias
Rasgada de sangue escorrido pela pele renegada
Ao sol resgatado de um mundo infestado
Saem de mim soltos e rasgados, gritos de sofrimento
Lágrimas de sangue, soltam-se de um coração sofrido.

Por entre os meus dedos rolam sorrisos
De mentiras inevitáveis dos poetas.

Maria Antonieta Oliveira
26-04-2017




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